Tuesday, May 19, 2009

The Bandoleiro From Caracas (O Bandoleiro De Caracas)




The Bandoleiro from Caracas attacked a crowd of teenagers in New York who were on their way to the library to work on a school project. The bandoleiro charged his horse over the teenagers making them run for cover inside buildings. Commenting on the savage attack, a candidate for Miss Universe said: Oh, he was so handsome!

Sorry, I mislead you. I deeply apologize. See, I am trying to sell my stories to American magazines and I need to practice. I was told that Americans get bombarded with all sort of information and don’t have time (or desire) to read anymore. If my story doesn’t have a murder, a mugging, a flood, a political scandal, or any other sort of tragedy in its first paragraph, chances are that nobody is going to read it.

Now, the instructions I get from all the guidelines for publication get me confused. If I tell the entire story in the first paragraph, what am I supposed to say next? And, how come the Americans don’t have time? Every evening when I look out of my window, I see the people who live on the other side of the street with the TV on. Couldn’t they spare some of that time to read?

I usually have at least five books beside my bed. The television, with all its colors and dramas, doesn’t appeal to me as much as a well-written book. But I like the ones that start slow, like a lover sneaking on me to give me an unexpected kiss, and little by little involve me in their arms until I am so taken that, when I realize, it is already 2am and I am still reading…

When I was a child, I wanted to be a writer so I went and got a B.A. in journalism, thinking that this was close enough to writing books. But being a journalist didn’t satisfy me. I didn’t want to report on other people’s lives. I wanted to create a world out of nowhere or out of my memories, and embellish this world with colors that only I could see. I wanted to be able to carry the readers to a place where nothing else would matter but the story, where they could forget for awhile all their problems.

Books have fascinated me all my life. I read books in many languages. I read in planes, trains, boats, in different houses of the world. I read when I was miserable, happy, nervous or desperate. The books were always there to comfort me, inspire me, and teach me. The Argentinean writer Jorge Luis Borges once said that he could imagine a world without anything, but not a world without books. I could not imagine that world either. A world without books would be like a world without food, without water, without life. A world too sad and colorless to anyone to picture.


O BANDOLEIRO DE CARACAS

O Bandoleiro de Caracas atacou, em Nova York, um grupoo de adolescentes que se dirigia à biblioteca para trabalhar num projeto escolar. O bandoleiro jogou o cavalo sobre os adolescentes, obrigando-os a se esconder dentro dos edifícios. Comentando sobre o violento ataque, uma candidata a Miss Universo disse: Ah, ele era tão bonito!

Desculpem por enganá-los. Sinto-me realmente culpada. Acontece que estou tentando vender minhas histórias para revistas americanas e preciso praticar. Ouvi dizer que os americanos são bombardeados diariamente por tantas informações e são tão ocupados, que não têm mais tempo (ou vontade) de ler. Se a minha história não tiver um assassinato, um assalto, uma inundação, um escândalo político, ou qualquer outro tipo de tragédia no primeiro parágrafo, na certa ninguém vai lê-la.

Confesso que as instruções que leio nos regulamentos para publicação me deixam confusa.... Se eu contar toda a história no primeiro parágrafo, o que devo escrever em seguida? E por que os americanos não têm tempo? Toda noite, quando olho pela janela, vejo as pessoas que moram do outro lado da rua assistindo televisão. Será que não podiam ler um pouco em vez de ver televisão?

Costumo ter, pelo menos, cinco livros ao lado da minha cama. A televisão, com todas as suas cores e dramas, não me atrai tanto quanto um livro bem escrito. Mas gosto das histórias que começam bem devagar, como um amante chegando devagarindo por trás de mim para me dar um beijo inesperado, e me envolvendo em seus braços até que eu esteja tão embriagada por ele que, quando reparo, já são duas da manhã e eu continuo lendo ...

Quando era criança, eu queria ser escritora. Por isso, fui estudar jornalismo, achando que isso era a coisa mais parecida que havia com escrever livros. Mas ser jornalista não me satisfez. Não queria escrever reportagens sobre a vida de outras pessoas. Queria criar um mundo imaginário que viesse do nada e embelezá-lo com cores que só eu pudesse ver. Queria ser capaz de levar os leitores a um lugar onde nada importasse além da história, um lugar onde pudessem esquecer por algum tempo todos os seus problemas.

Os livros têm me fascinado a vida inteira. Leio em várias línguas. Leio em aviões, trens, barcos, em tantos lugares do mundo… Leio quando estou triste, feliz, nervosa ou desesperada. Os livros estão sempre lá para me confortar, me inspirar, e me ensinar alguma coisa. O escritor argentino Jorge Luis Borges disse uma vez que poderia imaginar um mundo sem nada, mas não um mundo sem livros. Eu também não poderia imaginar um mundo assim. Um mundo sem livros seria como um mundo sem comida, sem água, sem vida. Um mundo triste e sem brilho.

1 comment:

  1. Sound bites.

    Do you know that there are studies suggesting if you cannot get your point across in 30 seconds, you will have lost their attention. Everything in America seems to revolve around this. Executives don't do details anymore, they want everything in pictures and bright colors with short paragraphs summarizing the data. You might say we've got the story to a science. Tell it in 30 seconds or less and you will become a best selling author. Add a couple pretty pictures, and you'll do even better...

    It is all about sound bites, getting the world in 30 second chunks. Come to think of it that might be all we can take.

    Ooops. My time is up.

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