Thursday, October 28, 2010

The Lesson of the Autumn (A lição do outono)






Yesterday I was driving to the library and worrying about a million things: taxes, work, my children, my husband, money, my house, and so on… I was driving on auto-pilot, not even paying attention to where I was. Suddenly, I looked around and realized that I was passing a street with trees on both sides. Because it was autumn, the trees changed colors and became mostly yellow. There were so many different shades of yellow that I had the impression of being inside a picture. In that minute I realized that my mind was stuck in between past and future, concentrating on my worries, while life in all its beauty was right in front of me. It was as if nature had shaken me and told me in no mistaken terms: “wake up, you fool. Can’t you take a look at me instead of wasting your time worrying about things that you can’t resolve right now?”

I woke up. I drove the rest of the way to my destination admiring nature. When I got to the library, I felt much better. I had not paid my taxes or won the lottery. What changed was my attitude, the way I was looking at things. By changing that, I had changed my day.

The other day, I wrote in my blog about the need to look at the good things in life, of living in the present and just letting things go. However, I keep forgetting to follow my own advice. Today, I took my camera and went around my neighborhood photographing the beauty of the autumn. The warm breeze made the leaves dance and play with my hair. I thought about how lucky I was to be alive.

A LIÇÃO DO OUTONO

Ontem eu estava indo para a biblioteca preocupada com um milhão de coisas: impostos, trabalho, meus filhos, meu marido, dinheiro, minha casa, e assim por diante... Estava dirigindo como se fosse um piloto automático, sem prestar atenção ao que fazia. De repente, olhei à minha volta e percebi que estava passando por uma rua com árvores dos dois lados. Por causa do outono, as árvores tinham mudado de cor, tornando-se quase totalmente amarelas. Havia tantos tons diferentes de amarelo, que tive a impressão de me encontrar dentro de um quadro. Nesse momento, percebi que minha mente permanecia presa ao passado e ao futuro, torturando-me com minhas preocupações, enquanto a vida com toda a sua beleza estava bem à minha frente. Foi como se a natureza tivesse me sacudido e me dissesse, sem equívocos: "acorde, sua boba. Por que não olha para mim em vez de desperdiçar seu tempo se preocupando com coisas que não pode resolver agora?"

Acordei. Admirei a natureza no resto do caminho. Quando cheguei à biblioteca, estava me sentindo outra pessoa. Não tinha pago meus impostos nem tinha ganho na loteria. O que mudou foi minha atitude, o jeito de olhar as coisas. Ao mudar isso, meu dia ficou melhor.

Outro dia, escrevi no meu blog sobre a necessidade de olhar para as coisas boas da vida, de viver o presente e deixar de lado as preocupações. No entanto, continuo me esquecendo de seguir meu próprio conselho. Hoje, peguei a máquina fotográfica e saí pelo meu bairro fotografando a beleza do outono. Uma brisa quente fazia as folhas dançarem e brincava com meu cabelo. Fiquei pensando na sorte que eu tinha de estar viva.

Photos: Bernadete Piassa

2 comments:

  1. Lindo!
    Às vezes, nesse calor quase monocórdio de Cuiabá fica difícil ter esses insights, mas de vez em quando eles pintam, em geral quando estou caminhando no Parque Mãe Bonifácia numa manhã ou final de tarde especialmente bonitos.

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  2. Essas árvores do outono do emisfério norte são estonteantes, principalmente para quem não está acostumado. Aqui na Áustria elas também estão assim coloridas. Eu tinha quase me esquecido de como é uma época linda, apesar do frio.

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