Sunday, February 14, 2010

Night And Day (Noite e dia)


I am sure some people who read my blog probably are thinking that I gave up on it. This couldn’t be farther from the truth. I have been writing this post since January 20, the day I arrived in Brazil. When I was back in the US, on February 9, I continued to write it. But there was so much to say about my experience of re-visiting my country that, in the end, I wrote many blogs in my mind and none on paper.
The truth is I don’t know what to say. When I was in Brazil, one of my sisters said that I don’t write anything good about the US, that I am always criticizing the country. I don’t like to be unfair so I started to ponder if I should re-think what I say about the US. However, when I compare the two places it is as if I am talking about night and day, cold and warm, dark and colorful.

I don’t want to seem biased, so I am not going to discuss my feelings for Brazil (is this possible?) I will just write about small things I saw there that touched me deeply. For a Brazilian, probably what I will describe is normal. But for someone who lives abroad, these details tell a lot about the country.

• When I arrived at the airport in Rio de Janeiro, I didn’t know where to go to get a shuttle. I asked a man and he said: “Let me take you there.” And he just went out of his way to direct me, a perfect stranger, to the right place.
• The day my sister was moving, my mother wanted to know if the movers had already had lunch. If not, she would send a lunch to them.
• It wasn’t Carnival yet. But in the streets of Rio de Janeiro, there was music and dancing everywhere. The problems of daily life were set aside while people followed the animated bands down the street, men dressed in women’s costumes hugged policemen, and children danced samba as if they were taught the rhythm right from the day they were born.
• At 10pm, the beaches were full of youngsters playing volleyball or swimming. At 3am, the bars were overcrowded with people drinking and talking. Work could wait. Life was there to be lived in that moment.
• On my way to the airport, the taxi driver told me he would call my aunt to say that I arrived safely, since she seemed concerned about me.
• I needed to get a gift for my son so my cousin offered to go shopping with me. I can count the moments I was by myself in Brazil. There was always someone who wanted to be with me, help me with my needs, or just be together.

I saw many acts of kindness in Brazil. I heard so much laughter. I saw people dancing, singing, and just celebrating life in general. As always, I came back thinking that Brazil was a very beautiful, unforgetful, and contradictory country for, in the middle of all this happiness, I also heard horrible stories about murders, assaults, and drugs. Of course, I went there on vacation and everything is perfect on a vacation. However, I could see (and also remember from many years ago) that the energy in the air is always powerful in Brazil, even when you work non-stop from Monday to Friday.

Now I am back in the US. It snowed a lot last week. I stayed in the house for two days, unable to go anywhere. There is more snow in the forecast for Monday night and Tuesday. It is 5pm and it is already dark. Outside, I can’t see anyone in the streets. Actually, I can’t even see my car that is hidden behind a huge pile of snow. Boy, am I grumpy!

NOITE E DIA

Tenho certeza de que algumas pessoas que lêem meu blog estão provavelmente pensando que desisti dele. Isso não poderia estar mais longe da verdade. Comecei a escrever este post no dia 20 de janeiro, quando cheguei ao Brasil. Quando voltei aos EUA, no dia 9 de fevereiro, continuei a escrevê-lo. Mas tinha tanta coisa para contar sobre minha visita ao meu país que, no final, escrevi muitos blogs na minha cabeça e nada no papel.

A verdade é que não sei o que dizer. Quando estava no Brasil, uma das minhas irmãs disse que não escrevo nada de bom sobre os EUA; que estou sempre criticando o país. Não gosto de ser injusta, por isso comecei a pensar se devo mudar o que escrevo sobre os EUA. No entanto, quando comparo os dois países é como se estivesse falando sobre o dia e a noite, o frio e o quente, o escuro e o colorido.

Não quero parecer tendenciosa, por isso não vou falar dos meus sentimentos sobre o Brasil (será que é possível?) Só vou escrever sobre as pequenas coisas que vi lá e que me tocaram profundamente. Para um brasileiro que mora no Brasil, provavelmente o que vou descrever é normal. Mas para alguém que vive no exterior, esses detalhes dizem muito sobre o país.

• Quando cheguei no aeroporto, no Rio de Janeiro, não sabia onde pegar um shuttle. Perguntei a um moço e ele disse: "Deixe-me levá-la lá." E ele saiu do seu caminho só para me levar - uma perfeita desconhecida - até o lugar certo.
• No dia em que minha irmã estava se mudando, minha mãe perguntou se o pessoal da companhia de mudança já tinha almoçado. Se não tivessem comido, ela iria mandar almoço para eles.
• Não era carnaval ainda. Mas nas ruas do Rio de Janeiro, havia música e dança em todo lugar. Os problemas da vida cotidiana tinham sido postos de lado enquanto as pessoas seguiam os cordões pelas ruas, homens vestidos como mulheres abraçavam policiais, e crianças sambavam como se tivessem praticado o ritmo desde o dia em que nasceram.
• Às dez da noite, as praias estavam cheias de jovens jogando vôlei ou nadando. Às 3 da manhã, os bares estavam superlotados com pessoas bebendo e conversando. O trabalho podia esperar. A vida estava lá para ser vivida naquele momento.
• No caminho para o aeroporto, o motorist de táxi me disse que iria ligar para minha tia dizendo que cheguei sem problemas, já que ela parecia preocupada comigo.
• Eu precisava comprar um presente para o meu filho e minha prima se ofereceu para ir comigo. Posso contar os minutos que fiquei sozinha no Brasil. Havia sempre alguém querendo estar comigo, me ajudar com o que eu precisasse, ou simplesmente me fazer companhia.

Vi muita coisa boa no Brasil. Ouvi muitas risadas. Vi pessoas dançando, cantando, celebrando a vida em geral. Como sempre, saí pensando que o Brasil era um país muito bonito, inesquecível e contraditório pois, no meio de toda essa felicidade, também ouvi histórias horríveis sobre assassinatos, assaltos e drogas. Claro, fui lá de férias e tudo é perfeito quando se está em férias. No entanto, constatei mais uma vez (e também me lembro de muitos anos atrás) que a energia no ar é sempre forte no Brasil, mesmo quando se trabalha sem parar, de segunda a sexta-feira.

Agora estou de volta aos EUA. Nevou muito na semana passada. Fiquei dois dias sem poder sair de casa por causa da neve. Há previsão de mais neve na noite de segunda e na manhã de terça-feira. São 5 horas da tarde e já está escuro. Não vejo ninguém lá fora na rua. Na verdade, não posso ver nem o meu carro que está escondido atrás de uma enorme pilha de neve. Nossa, estou realmente irritada!

4 comments:

  1. Senti sua falta e imagino como deve ser complicado lidar com todo esse contraste.
    Uau! Nem sei o que dizer.
    Beijos e muitas saudades.

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  2. Esqueci de comentar: belíssimas fotos!

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  3. Hey friend how r u? nice to meet u, u hv a nice blog here,thk for sharing 6-^

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  4. Hi Yoga Tramp,
    That is the first comment I receive from Malaysia. I enjoyed watching your audio clip. Thanks for reading my blog.

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