But I don’t want my 100th blog to be about me. Since March 8 was International Women’s Day, I would like to dedicate this posting to the many women who crossed my life fleetingly but left such a strong impression. They were the women I saw on my travels, working in the streets, selling their merchandise, faces marked by time, their bodies far from perfect.
The Peruvian woman (top picture) was selling flowers in a market in Cusco, Peru. I looked at her and knew that she would be forever imprinted on my soul. Her toothless mouth, her torn dress ... these were just disguises for her beauty. She belonged in a painting or in a fairy tale, telling stories about the time when a prince came and covered her with flowers.
The Hungarian woman (picture at the middle) was sitting outside her store in a small town close to Budapest, Hungary. She looked so serious that my daughter told me not to photograph her. I did anyway. I imagined she was worried about what to cook for dinner. She probably had a big family and many things to think about. Her life was centered on a table full of food and talk...
I gave $R1 to the Bolivian woman who was selling garlic in the street market of Corumba, Brazil, and asked her if I could take a picture of her. She laughed, and in her laughter she became young again. I could see a mischievous light shining on her eyes and picture her dancing with the man of her dreams.
These women weren’t fashion models, movie stars, powerful businesswomen, or well-known politicians. But they had personality, they had strength. Their beauty came from within. Their wrinkled faces had many stories to tell. They didn’t succumb to the tyranny of Botox, erasing the past from their face. Their past and present were written on them, and they seemed to be proud of how far they had gone. They should be. In their simplicity, they were very beautiful.
CEM PENSAMENTOS
Nunca pensei que chegaria tão longe, mas este é o meu centésimo blog. Quando escrevi o primeiro, em abril de 2009, fiquei com medo de não ter muita coisa para dizer. Às vezes ainda fico assustada, mas de uma maneira ou de outra continuo escrevendo, tentando encontrar respostas para minhas inúmeras perguntas sobre a vida e sobre mim mesma.
Mas não quero que o meu centésimo blog seja a meu respeito. Já que 8 de março foi o Dia Internacional da Mulher, gostaria de dedicar este blog às inúmeras mulheres que cruzaram a minha vida brevemente, deixando uma forte impressão. Vi essas mulheres nas minhas viagens, trabalhando nas ruas, vendendo suas mercadorias, os rostos marcados pelo tempo, os corpos longe de serem perfeitos.
A mulher peruana (foto acima) vendia flores em um mercado de Cusco, Peru. Eu a olhei e soube, no mesmo momento, que sua imagem ficaria para sempre gravada em minha alma. A boca desdentada, o vestido rasgado ... esses eram apenas disfarces para sua beleza. Ela deveria fazer parte de um quadro, ou um conto de fadas, narrando a história de um príncipe que um belo dia cobriu-a com flores.
A mulher húngara, (foto ao centro) sentada diante de sua loja em uma cidadezinha perto de Budapeste, Hungria, parecia tão séria que minha filha me disse para não fotografá-la. Eu a fotografei assim mesmo. Imaginei que ela estivesse preocupada com o que fazer para o jantar. Provavelmente tinha uma família grande e muitas coisas para pensar. Sua vida era centralizada em volta de uma mesa cheia de comida e boas conversas ...
Dei $R1 para a mulher boliviana que vendia alho na feira de Corumbá, no Brasil, e perguntei se podia tirar uma foto dela. Ela riu, e com seu sorriso tornou-se jovem novamente. Uma chama travessa iluminou seu olhar e eu a imaginei dançando com o homem dos seus sonhos.
Essas mulheres não eram modelos, estrelas de cinema, mulheres de negócios poderosas, ou políticas renomadas. Mas tinham personalidade, força. Sua beleza vinha de dentro. Seus rostos enrugados tinham muitas histórias para contar. Elas não haviam sucumbido à tirania do Botox, apagando o passado das suas fisionomias. Seu passado e presente estavam lá, gravados nelas, e elas pareciam orgulhosas de terem chegado onde chegaram. E deveriam mesmo estar. Na sua simplicidade, eram muito bonitas.
Photos: Bernadete Piassa
Puxa, 100 posts, parabéns! E mais ainda por esse texto tao profundo. Amei! Bjs
ReplyDeleteOi, Dete
ReplyDelete100 posts! Isso me mostra quantas vezes eu me emocionei, ou ri, ou chorei, ou aprendi, ou senti saudades, ou concordei, ou discordei, ou me vi fazendo parte de tantos momentos... Enfim, 100 vezes vc me tocou de alguma maneira com os seus textos deliciosos. Muito obrigada! Parabéns!
Muitissimo obrigada!
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