All through town I see the women and their colorful umbrellas, walking with a purpose in the relentless sun. Where are they going, and who are they? I’ve heard some of their stories…
One is an architect who moved to Corumbá and couldn’t get used to the heat. Before buying a car, she walked everywhere taking the shade with her in this town in Brazil where most trees decorate the streets leaving the sidewalks unprotected. Another is a maid. When her daily work is done, she takes a shower and walks home with her faithful umbrella providing her some measurement of comfort.
I can just guess the stories of many others: a young woman holds her daughter with the right hand and the umbrella with the left. Maybe they are going to a doctor’s appointment… A heavy woman dressed in colorful clothes and with her hair done in a thick braid carries a bag on her back. She walks with her umbrella to the center of town where she will sit on the steps of a store and sell her Bolivian merchandise. An old woman, her steps uncertain, wearing a simple white dress, walks slowly under the 10am sun, the umbrella hiding her face. From time to time she stops to rest, and then proceeds to a destination known only to herself…
Each woman chooses a different kind of umbrella. Each one has a reason for being outside on the heat. In their simplicity, they brave the weather, indifferent to the looks of other passers-by. Their umbrellas are their allies in the fight against the weather. A weapon that they hold with pride, following a long tradition of women who came before them and weren’t afraid to be themselves, defying all manner of fashion and conventions.
As mulheres e suas sombrinhas
Por toda a cidade vejo as mulheres e suas sombrinhas coloridas, caminhando com determinação sob o sol implacável. Onde estarão indo? Quem serão elas? Me contaram as histórias de algumas delas ...
Uma é uma arquiteta que se mudou para Corumbá e achou difícil se acostumar com o calor. Antes de comprar um carro, andava com sua sombrinha pela cidade, onde a maioria das árvores enfeita as ruas, deixando as calçadas sem sombra. Outra é uma empregada doméstica. Quando acaba seu trabalho diário, ela toma banho e vai para casa com sua sombrinha fiel servindo-lhe de proteção.
Imagino as histórias de outras que vejo por aí: uma mulher ainda moça segura a filha com a mão direita e a sombrinha com a esquerda. Talvez as duas estejam indo para uma consulta médica... Uma mulher meio gorda, vestida com roupas coloridas e com uma trança, carrega nas costas uma sacola. Ela caminha com sua sombrinha para o centro da cidade, onde se sentará nos degraus de uma loja e venderá a sua mercadoria da Bolívia. Uma mulher idosa, seus passos incertos, usando um vestido branco e simples, caminha lentamente sob o sol das 10 da manhã, a sombrinha escondendo-lhe o rosto. De tempos em tempos pára para descansar, e depois segue para um destino que só ela mesma conhece...
Cada mulher escolhe um tipo diferente de sombrinha. Cada uma tem uma razão para andar pelas ruas nesse calorão. Na sua simplicidade, elas enfrentam a temperatura insuportável, indiferentes aos olhares dos outros transeuntes. Suas sombrinhas são suas aliadas na luta contra o calor. Uma arma que empunham com orgulho, seguindo uma longa tradição de mulheres que vieram antes delas e nunca tiveram medo de serem elas mesmas, desafiando modas e convenções.
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