Monday, March 22, 2010
Meditation (Meditação)
I am the kind of person who prefers to go to bed late and wake up late. But for the last two weeks I have been waking up earlier. I decided that I had to go back to my meditation practice, and I am taking it very seriously.
Meditation has been a part of my life for a long time. I discovered it when I was about 17, living in Rio de Janeiro. A cousin had told me about some Buddhists monks who were building a monastery in the hills of Santa Tereza. I started to go there to help them and eventually learned to meditate. Some time later, I spent a few days in the monastery just practicing meditation. From there on, I continued the practice until one year later, when I moved to another city in Brazil. After that, I got too busy with my journalism career and love life and stopped the practice for many years.
In 2005, I went to Thailand and visited many Buddhist temples. Seeing all the monks and sensing the peace that they seem to have about them, I felt like meditating again. Back in the US, I resumed the practice but was unable to do it constantly. Meanwhile, I started going to a place to practice Native American Medicine and later on became a spiritist. However, I wasn’t meditating seriously. Almost every day I looked at the pillows that I had bought specially to sit on the floor and meditate and asked myself what I was waiting for.
In the US, there is a saying “When the disciple is ready the master appears.” Last month, I went to Brazil and my sisters suggested that I read the book “Eat, Pray, Love,” by Elizabeth Gilbert. Although it had been a best seller in the US (it is now being made into a movie starring Julia Roberts!) I had never heard about it. Since my sisters have wonderful taste regarding books, I started to read it. When the main character arrives in India to develop her meditation practice, I told myself: that is it! It is time to meditate again.
Now, I wake up earlier, sit on my pillow, cross my legs, set the alarm for 30 minutes, and try to meditate. I am supposed to be concentrating on my breathing and repeating a mantra that translates as “I Am.” But I find that my mind can’t stand still for more than one minute. One second I am concentrating on the mantra, the next I am making a grocery list, thinking about work, worrying about my kids, then wondering if I ever will be able to concentrate on the meditation, then going back to the breath, and so on… My mind is like a wild horse, galloping away without control. I try to rein it, but I am powerless and I feel awful. But wait, wasn’t meditation going to make me feel good? Here I am, blaming myself for not being able to concentrate. Was the practice of meditation just another way that I found to diminish myself? No, I shouldn’t think about this. Let’s think about the mantra again. And so I go, agonizing and meditating for 30 minutes…
Surprisingly, after these minutes of struggle against myself, I feel calmer. I am beginning to look forward to this precious time in the morning, when the world stops and I concentrate on my breath. I read that the constant practice of meditation slows ones heart rate and breathing; the blood pressure normalizes, the body uses oxygen more efficiently and sweats less. The adrenal glands produce less cortisol, the brain ages at a slower rate, and the immune function improves. The mind clears and the creativity increases.
I haven’t felt these effects yet, but I do feel calmer when I am done meditating. Sometimes, during the day, when I feel especially anxious, it is enough for me to think about meditating and repeat “I am” for me to relax. The practice has brought me joy and I intend to stick with it. In a world of constant demands, noises, wars, illness, violence, competition and frustration, I am glad to be looking for inner peace.
MEDITAÇÃO
Sou daquele tipo de pessoa que prefere ir para a cama tarde e acordar tarde. Mas nas duas últimas semanas tenho acordado mais cedo. Decidi que tinha que voltar a meditar e estou levando essa decisão muito a sério.
Meditação faz parte da minha vida há muito tempo. Eu a descobri quando tinha uns 17 anos e morava no Rio de Janeiro. Minha prima me falou de alguns monges budistas que estavam construindo um mosteiro no morro de Santa Tereza. Comecei a ir lá para ajudá-los e, eventualmente, aprendi a meditar. Algum tempo depois, passei alguns dias no mosteiro apenas praticando meditação. A partir daí, continuei a meditar até um ano mais tarde, quando me mudei para outra cidade no Brasil. Lá, fiquei muito ocupada com minha carreira de jornalista e minha vida amorosa e parei de meditar por muitos anos.
Em 2005, fui para a Tailândia e visitei muitos templos budistas. Vendo os monges e sentindo a paz que parecia emanar deles, fiquei com vontade de meditar novamente. De volta aos EUA, recomecei a meditar, mas não consegui estabelecer uma rotina. Durante esse tempo, comecei a ir a um lugar para praticar Medicina Indígena e mais tarde tornei-me espírita. Mas não estava levando a meditação a sério. Quase todo dia olhava para as almofadas que tinha comprado especialmente para me sentar no chão e meditar e me perguntava o que eu estava esperando.
Nos EUA, há um ditado que diz: "Quando o discípulo está pronto o mestre aparece." No mês passado, fui ao Brasil e minha irmã me recomendou que lesse o livro "Comer, Beber, Amar", de Elizabeth Gilbert. Embora o livro tivesse sido um best-seller nos EUA (agora vai ter um filme dele, com Julia Roberts no papel principal!) eu nunca tinha ouvido falar dele. Já que as minhas irmãs têm muito bom gosto para livros, comecei a lê-lo. Na parte em que a protagonista chega à Índia para desenvolver sua prática de meditação, disse a mim mesma: É isso! Chegou a hora de eu meditar novamente.
Agora, acordo cedo, sento na minha almofada, cruzo as pernas, marco 30 minutos no relógio, e tento meditar. Tento me concentrar na minha respiração e repetir um mantra que poderia ser traduzido como "Eu Sou". Mas minha mente não consegue ficar quieta mais de um minuto. Num minuto estou me concentrando no mantra, no próximo estou fazendo uma lista mental de supermercado, pensando no trabalho, preocupando-me com meus filhos, me perguntando se eu nunca serei capaz de me concentrar na meditação, então voltando à respiração, e por aí vai ... minha mente é como um cavalo selvagem, galopando sem controle. Tento controlá-lo, mas não consigo e me sinto horrível. Mas espere, a meditação não era para me fazer sentir bem? Aqui estou eu, me culpando por não ser capaz de me concentrar. Será que a meditação é apenas mais uma coisa que encontrei para me fazer sentir incompetente? Não, eu não deveria pensar sobre isso. Vou pensar sobre o mantra de novo. E assim continuo, agonizando e meditando 30 minutos ...
Surpreendentemente, após esses minutos de luta contra mim mesma, sinto-me mais tranquila. Estou começando a esperar ansiosamente esse precioso intervalo na parte da manhã, quando o mundo pára e eu me concentro na minha respiração. Li que a prática constante da meditação reduz os batimentos cardíacos e a respiração, normaliza a pressão arterial, faz com que o corpo use oxigênio mais eficientemente e sue menos. As glândulas adrenais produzem menos cortisol, o cérebro envelhece em ritmo mais lento, e a função imunológica melhora. A mente se limpa e a criatividade aumenta.
Não percebi nenhum desses efeitos ainda, mas me sinto mais calma depois de meditar. Às vezes, durante o dia, especialmente quando fico ansiosa, basta eu pensar em meditar e repetir "eu sou" para me relaxar. A meditação me trouxe alegria e pretendo continuar praticando-a. Num mundo de constantes exigências, ruídos, guerras, doenças, violência, competições e frustrações, fico feliz de estar à procura de paz interior.
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É Dete, meditar é preciso ...
ReplyDeleteNão desista! Com certeza, você está fazendo um bem a si mesma.