© Metro-Goldwyn-Mayer Studios Inc |
A few months ago, I asked a man who I had never seen in my life to be my husband. It happened like this: if you want to list yourself as married on Facebook and give your husband’s name, you have to send your husband a note on Facebook asking for his permission. I did and never got an answer. This became a great mystery for us, solved only when my daughter came to visit us. It seems I asked someone else, who happened to have the same name as my husband, if he wanted to be my husband!
Weird things happen every day in our lives, in the Internet world and out of it. The other day, I heard about a guy who married someone and posted his wedding’s pictures on Facebook. Well, he forgot to tell his new wife that he was already married to someone else. Unluckily for him, the first wife saw the pictures, and the guy is now dealing with two wives and the legal consequences of polygamy.
But the craziness of the virtual world is no match for what happens outside of it. Last week, in the middle of the night, a friend of my friend was called by a hospital in the US, in a town where her son goes to college, and was told that her son had been found wandering the streets, intoxicated and very agitated, and been taken to the hospital. She drove almost 2 hours to get to the hospital where she was informed that her son had consumed cocaine, was drunk, and had to be sedated. When she was finally taken to see him, it turned out the boy was someone whom she had never seen before in her life: the police had mistaken his identity and notified the wrong parents.
I love the 1966 movie “King of Hearts” directed by Philippe de Broca. In the movie, set during the First World War, an explosives expert (Alan Bates) is sent to a small town in France to disarm a German bomb. There he finds that all the inmates of a local mental hospital left the hospital and were in town, playing the roles that “normal” people played before. At the end of the movie, the crazy people go back to the hospital, the explosives expert falls in love with one of the crazy person and decides to live in the mental hospital as well, and we are left to ponder which people are crazy: those outside, fighting in the war, or those inside the mental hospital.
Craziness is usually defined as something out of the ordinary. But if crazy things happen every day, didn’t they become the normal, and the “old normal” is now what is crazy, since it is something unusual? I will never forget my surprise when I saw the picture of a boat sitting on top of a house after the tsunami that hit Japan in March of this year. I was in shock! Then, there was the picture of a cow trapped on top of a tree, during the floods in the swamp region of western Brazil. Lately, there have been so many natural disasters, that we can’t help but wonder if nature is also going crazy as well.
The world does not always make sense and it probably would prove totally useless to try to understand it. We might as well continue our crazy journey in our daily lives without trying to find logic in a planet just as crazy as we are.
Photograph by Yomiuri Shimbun, AP |
ESTE MUNDO É DOS LOUCOS
Há alguns meses, perguntei a um homem que eu nunca tinha visto na minha vida se ele queria se casar comigo. Foi assim: se você quer aparecer como casada no Facebook e pôr o nome de seu marido, tem que lhe enviar um email pelo Facebook pedindo a sua permissão. Fiz isso e nunca recebi resposta. Só quando a minha filha veio visitar-nos ela descobriu o porquê: Eu tinha perguntado a uma outra pessoa, com o mesmo nome do meu marido, se ele queria ser meu marido!
Coisas estranhas acontecem todos os dias em nossas vidas, na internete e fora dela. Outro dia, fiquei sabendo de uma história sobre um cara que se casou e publicou as fotos do casamento no Facebook. Bem, ele esqueceu de dizer a sua esposa atual que já era casado. Infelizmente para ele, a primeira mulher viu as fotos, e o cara agora está se virando com duas esposas e as consequências legais da poligamia.
Mas a loucura do mundo virtual não é páreo para o que acontece fora dele. Semana passada, no meio da noite, uma amiga da minha amiga recebeu um telefonema de um hospital, nos EUA, na cidade onde o filho dela vai para a faculdade, informando-a que seu filho havia sido encontrado vagando pelas ruas, embriagado e muito agitado, e tinha sido levado para o hospital. Ela levou quase duas horas para chegar ao hospital, onde lhe disseram que seu filho tinha consumido cocaína, estava embriagado, e teve de ser sedado. Quando ela finalmente foi levada para vê-lo, descobriu que nunca havia visto o garoto na sua vida: a polícia confundiu identidades, e notificou os pais errados.
Adoro o filme de 1966 "Este Mundo É Dos Loucos”, dirigido por Philippe de Broca. No filme, que se passa durante a Primeira Guerra Mundial, um especialista em explosivos (Alan Bates) é enviado para uma pequena cidade na França para desativar uma bomba alemã. Lá ele descobre que todos os loucos saíram do manicômio e estão soltos na cidade, desempenhando os papéis que pessoas "normais" desempenhavam antes. No final do filme, as pessoas loucas voltam para o hospício, o especialista em explosivos se apaixona por uma delas e decide ir morar no hospício, e nós ficamos tentando entender quem são os loucos: os “normais” que lutam na guerra, ou os trancados dentro do hospício.
Loucura é geralmente definida como algo fora do comum. Mas se coisas loucas acontecem todos os dias, não se tornam normais, e o que era normal passa a ser locura, já que é incomum? Nunca esquecerei minha surpresa quando vi a foto de um barco em cima de uma casa após o tsunami que atingiu o Japão em março deste ano. Fiquei chocada! Na mesma época, vi uma foto de uma vaca presa no alto de uma árvore, durante as inundações na região do pantanal do Brasil. Ultimamente, tem havido tantas calamidades naturais, que não podemos deixar de nos perguntar se a natureza também enlouqueceu ou não.
O mundo nem sempre faz sentido e seria totalmente inútil tentar compreendê-lo. Por isso mesmo, devemos continuar nossa jornada maluca no dia-a-dia, sem perder tempo tentando encontrar lógica num planeta tão louco quanto nós mesmos.
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