Today, when I got to the retirement home to do reiki
on K., she had a red bow in her hair. Sleeping peacefully in the bed, hugging
herself, her knees folded up, the 78 year old woman looked like a small child.
I couldn’t help but wonder who had combed her hair that way and, as I always wonder,
why K. was condemned to that slow process of dying, while other people die
suddenly, without any suffering. I had discussed K.’s story with my friend and
she suggested that maybe K. was experiencing that kind of death not as a
punishment for something wrong she had done in this life or in a past one, but because her situation
was teaching a lesson in compassion to her family and relatives. When she was
young, K. was a teacher. It made sense to think that maybe, once more, she was trying
to teach something. We all have our missions when we come to this life. Who
knows what objectives K. had vowed to pursue?
In his book Many Lives, Many Masters ( http://www.amazon.com/Many-Lives-Masters-Prominent-Psychiatrist/dp/0671657860, ) the American doctor
Brian Weiss recalls how astonished he was when one of his patients began
recalling past-life traumas. As a traditional psychiatrist, he wasn’t expecting
the patient to go back in time, to another life, or that, following the recollection,
she would be freed from her recurring nightmares and anxiety attacks. After the
successful treatment with that patient, the doctor helped many patients with their
journey back to a past life. Getting in touch with the person they had been
before brought healing for many of them. It also made the psychiatrist realize something
startling: most of his patients appeared to be connected, in this life, to people
they knew from past lives. In other words, it was as if families and friends
were all part of the same play, which extended from one life to another. However,
in each life they played different characters.
Yesterday, I went to watch the movie And Life Goes
On, based on the book of the same title, by spirit author Andre Luiz, through
medium Chico Xavier. The Brazilian movie discusses the skepticism of a man and woman
who die during an operation and refuse to accept that they are now in another
dimension. Once they acknowledge that, they start to explore the complicated web
of relationships involving their families and realize that not only they have
been connected in former lives, but that they all had committed crimes for
which they had to atone. Nobody was innocent. But the Universe offered every
one of them another chance; another opportunity to live again and do better
next time.
I thought about the Brazilian movie and the American
book as I moved my hands over K.’s body, with very slow movements. I prayed
that the reiki I was doing on her brought her some of the energy that she
needed to fulfill her mission. In her last months of life, she has really been
my teacher, even though to uneducated eyes she might look just like a poor, old
woman lying in a bed, almost unable to move. The lessons of life come from the
most unexpected places.
MUITAS VIDAS, MUITOS MESTRES
Hoje, quando
cheguei na casa de repouso para fazer reiki em K., ela estava com uma fita vermelha
no cabelo. Dormindo tranquilamente na cama, abraçando-se, com os joelhos
dobrados, ela parecia mais uma criança do que uma mulher de 78 anos. Eu me
perguntei quem teria penteado seu cabelo daquela maneira e, como sempre me
pergunto, por que K. teria sido condenada à aquele lento processo de morte,
enquanto outras pessoas morrem de repente, sem qualquer sofrimento. Eu havia
discutido o caso de K. com a minha amiga e ela disse que talvez K. estivesse morrendo
daquela maneira não como um castigo por algo errado que tivesse feito nesta
vida ou numa outra vida passada, mas para que sua situação servisse como uma
lição em compaixão para todos os seus familiares. Há muitos anos, K. tinha sido
professora. Dava para entender se ela estivesse ali ensinando mais alguma
coisa. Nós todos chegamos nesta vida com uma missão a cumprir. Quem sabe quais eram
os objetivos de K?
No seu livro “Muitas Vidas, Muitos Mestres”, ( http://www.transformar.interdinamica.pt/central/nlp/x16yv93w.htm ) o
médico americano Brian Weiss descreve a surpresa que teve quando uma das suas
pacientes começou a recordar traumas de vidas passadas. Sendo um psiquiatra
tradicional, ele jamais esperava que a paciente voltasse no tempo, para uma
outra vida, ou que, após a lembrança, se libertasse de seus pesadelos
recorrentes e dos seus ataques de ansiedade. Após o sucesso do tratamento com essa
paciente, o médico ajudou muitos outros com suas viagens à vidas passadas. Muitos
deles se sentiram melhor ao rever a pessoa que tinham sido antes. Esses
tratamentos também levaram o psiquiatra a descobrir algo surpreendente: a
maioria de seus pacientes pareciam estar ligados, nesta vida, com pessoas que conheciam
de vidas passadas. Em outras palavras, era como se as famílias e os amigos participassem
da mesma peça de teatro, que se estendia de uma vida para outra. No entanto, em
cada vida desempenhavam papéis diferentes.
Ontem, fui
assistir ao filme “E a vida continua”, ( http://www.eavidacontinuaofilme.com.br/ )
baseado no livro de mesmo título, pelo espírito André Luiz, psicografado por
Chico Xavier. O filme brasileiro discute o ceticismo de um homem e uma mulher
que morrem durante uma operação e se recusam a aceitar que partiram para outra
dimensão. Depois que reconhecem isso, eles começam a explorar a complicada teia
de relacionamentos que envolve suas famílias e percebem que não só tinham uma
conexão numa vida passada, mas que todos haviam cometido crimes pelos quais precisavam
pagar. Ninguém era inocente. Mas o universo oferecia a cada um deles uma outra
chance, uma nova oportunidade de viver de novo e fazer melhor da próxima vez.
Pensei no filme
brasileiro e no livro americano enquanto deslizava as minhas mãos lentamente sobre
o corpo de K. Rezei para que o reiki que
eu estava fazendo nela lhe trouxesse um pouco da energia que ela precisava para
cumprir sua missão. Em seus últimos meses de vida, K. tem sido realmente minha
professora, mesmo que para os leigos, ela pareça apenas uma senhora idosa e
pobre, prostrada numa cama, quase
incapaz de se mexer. As lições da vida vêm dos lugares mais inesperados.