Monday, May 20, 2013

Many Lives, Many Masters (Muitas vidas, muitos mestres)



Today, when I got to the retirement home to do reiki on K., she had a red bow in her hair. Sleeping peacefully in the bed, hugging herself, her knees folded up, the 78 year old woman looked like a small child. I couldn’t help but wonder who had combed her hair that way and, as I always wonder, why K. was condemned to that slow process of dying, while other people die suddenly, without any suffering. I had discussed K.’s story with my friend and she suggested that maybe K. was experiencing that kind of death not as a punishment for something wrong she had done in this  life or in a past one, but because her situation was teaching a lesson in compassion to her family and relatives. When she was young, K. was a teacher. It made sense to think that maybe, once more, she was trying to teach something. We all have our missions when we come to this life. Who knows what objectives K. had vowed to pursue?

In his book Many Lives, Many Masters ( http://www.amazon.com/Many-Lives-Masters-Prominent-Psychiatrist/dp/0671657860, ) the American doctor Brian Weiss recalls how astonished he was when one of his patients began recalling past-life traumas. As a traditional psychiatrist, he wasn’t expecting the patient to go back in time, to another life, or that, following the recollection, she would be freed from her recurring nightmares and anxiety attacks. After the successful treatment with that patient, the doctor helped many patients with their journey back to a past life. Getting in touch with the person they had been before brought healing for many of them. It also made the psychiatrist realize something startling: most of his patients appeared to be connected, in this life, to people they knew from past lives. In other words, it was as if families and friends were all part of the same play, which extended from one life to another. However, in each life they played different characters. 

Yesterday, I went to watch the movie And Life Goes On, based on the book of the same title, by spirit author Andre Luiz, through medium Chico Xavier. The Brazilian movie discusses the skepticism of a man and woman who die during an operation and refuse to accept that they are now in another dimension. Once they acknowledge that, they start to explore the complicated web of relationships involving their families and realize that not only they have been connected in former lives, but that they all had committed crimes for which they had to atone. Nobody was innocent. But the Universe offered every one of them another chance; another opportunity to live again and do better next time.
I thought about the Brazilian movie and the American book as I moved my hands over K.’s body, with very slow movements. I prayed that the reiki I was doing on her brought her some of the energy that she needed to fulfill her mission. In her last months of life, she has really been my teacher, even though to uneducated eyes she might look just like a poor, old woman lying in a bed, almost unable to move. The lessons of life come from the most unexpected places.

MUITAS VIDAS, MUITOS MESTRES

Hoje, quando cheguei na casa de repouso para fazer reiki em K., ela estava com uma fita vermelha no cabelo. Dormindo tranquilamente na cama, abraçando-se, com os joelhos dobrados, ela parecia mais uma criança do que uma mulher de 78 anos. Eu me perguntei quem teria penteado seu cabelo daquela maneira e, como sempre me pergunto, por que K. teria sido condenada à aquele lento processo de morte, enquanto outras pessoas morrem de repente, sem qualquer sofrimento. Eu havia discutido o caso de K. com a minha amiga e ela disse que talvez K. estivesse morrendo daquela maneira não como um castigo por algo errado que tivesse feito nesta vida ou numa outra vida passada, mas para que sua situação servisse como uma lição em compaixão para todos os seus familiares. Há muitos anos, K. tinha sido professora. Dava para entender se ela estivesse ali ensinando mais alguma coisa. Nós todos chegamos nesta vida com uma missão a cumprir. Quem sabe quais eram os objetivos de K?

No seu livro “Muitas Vidas, Muitos Mestres”, ( http://www.transformar.interdinamica.pt/central/nlp/x16yv93w.htm ) o médico americano Brian Weiss descreve a surpresa que teve quando uma das suas pacientes começou a recordar traumas de vidas passadas. Sendo um psiquiatra tradicional, ele jamais esperava que a paciente voltasse no tempo, para uma outra vida, ou que, após a lembrança, se libertasse de seus pesadelos recorrentes e dos seus ataques de ansiedade. Após o sucesso do tratamento com essa paciente, o médico ajudou muitos outros com suas viagens à vidas passadas. Muitos deles se sentiram melhor ao rever a pessoa que tinham sido antes. Esses tratamentos também levaram o psiquiatra a descobrir algo surpreendente: a maioria de seus pacientes pareciam estar ligados, nesta vida, com pessoas que conheciam de vidas passadas. Em outras palavras, era como se as famílias e os amigos participassem da mesma peça de teatro, que se estendia de uma vida para outra. No entanto, em cada vida desempenhavam papéis diferentes.

Ontem, fui assistir ao filme “E a vida continua”, ( http://www.eavidacontinuaofilme.com.br/ ) baseado no livro de mesmo título, pelo espírito André Luiz, psicografado por Chico Xavier. O filme brasileiro discute o ceticismo de um homem e uma mulher que morrem durante uma operação e se recusam a aceitar que partiram para outra dimensão. Depois que reconhecem isso, eles começam a explorar a complicada teia de relacionamentos que envolve suas famílias e percebem que não só tinham uma conexão numa vida passada, mas que todos haviam cometido crimes pelos quais precisavam pagar. Ninguém era inocente. Mas o universo oferecia a cada um deles uma outra chance, uma nova oportunidade de viver de novo e fazer melhor da próxima vez.

Pensei no filme brasileiro e no livro americano enquanto deslizava as minhas mãos lentamente sobre o corpo de K.  Rezei para que o reiki que eu estava fazendo nela lhe trouxesse um pouco da energia que ela precisava para cumprir sua missão. Em seus últimos meses de vida, K. tem sido realmente minha professora, mesmo que para os leigos, ela pareça apenas uma senhora idosa e pobre,  prostrada numa cama, quase incapaz de se mexer. As lições da vida vêm dos lugares mais inesperados.